Sobre mim 

 

O Meu Doce Legado é um livro que nasceu da minha paixão pela culinária e pela escrita. Nele, reúno receitas criadas ou recriadas por mim, acompanhadas por fotografias que tirei com muito amor e dedicação. É um livro que reflete o meu gosto pela doçaria e que pretende adoçar o paladar dos leitores.
Agradeço à querida Clara de Sousa pelo prefácio que escreveu, que enriqueceu e muito esta obra. Espero que este livro seja um legado de sabor e inspiração para todos os gulosos que o lerem e saboriarem.♡

O Meu Doce Legado
O Meu Doce Legado

Partilha

  • Olá a todos! É com muito orgulho que apresento o meu primeiro livro, "O Meu Doce Legado", que conta com o prefácio da ilustre jornalista e escritora,
    Clara de Sousa.
  • Neste livro, partilho com vocês as minhas receitas doces, algumas criadas por mim e outras recriadas com o meu toque pessoal. Espero que se deliciem com cada página.
  • Madalena ♡

Biografia

Lisboa ficou gravada na sua alma, no seu coração. Viveu lá toda a vida, até que, há 15 anos, Alter Pedroso a chamou e não resistiu: apaixonou-se. Não sabe se foi pela quietude, pelo delicioso silêncio, pelo cheiro a paz, simples e inebriante. Acredita, acima de tudo, que viver ali é uma forma de estar na vida. Ao contrário de Lisboa, onde tudo era um turbilhão de emoções e festas, ali reina a tranquilidade e a comunhão com a natureza.
Tem 62 anos e trabalhou num banco, onde teve a oportunidade de tirar vários cursos na área. É também formada em Belas-Artes, tendo tido o privilégio de ser orientada pela aquarelista Bárbara Guerreiro.
Antes de entrar na banca, o seu primeiro emprego por conta de outrem foi como secretária num escritório de advogados, durante um ano. Depois, durante quatro anos, viveu do seu trabalho como artesã, vendendo pinturas e uma variedade de peças que criava: brincos, bijuterias, bolsas, roupa personalizada, sandálias pintadas, louça decorada e tudo o mais que a sua imaginação fértil e efervescente lhe inspirava. No início, vendia com outros artesãos no Arco da Rua Augusta, junto ao Terreiro do Paço, e nas feiras de artesanato da Rua Ivens, com o seu cartão de artesã número 198. Distribuía cartões de visita cor-de-rosa, feitos com dedicação, na esperança de futuros contactos. Alguns sábados, aventurava-se na Feira da Ladra.
Mais tarde, improvisou um atelier em casa dos pais e da irmã e, com a ajuda da mãe, uma divulgadora nata, trabalhou intensamente, dedicando-se a vários tipos de pintura, aguarelas, óleos, vitrais e até à criação das próprias molduras. Os conjuntos de louça, copos pintados, jarras, caixas e um mundo de outras coisas eram os que mais vendia e melhor rendia.
Tirou a carta de condução e comprou um carro velho, um Citroën Dyane vermelho com capota preta, cheio de problemas e cheio de beleza, uma paixão partilhada com o namorado, que mais tarde se tornou seu marido. A vida corria bem: participou em várias exposições coletivas de pintura, percorreu o país com as suas aguarelas e óleos. Durante quatro anos, dedicou-se, também, à dança, uma das suas grandes paixões.
A oportunidade de entrar no banco marcou o fim de um ciclo de liberdade, mas trouxe-lhe segurança e estabilidade. O emprego absorveu todo o seu tempo, afastando-a da pintura, das exposições e da dança, os ensaios até à meia-noite e os dias que começavam às seis da manhã tornaram-se incompatíveis com a rotina bancária.
Para ela, a liberdade sempre foi fundamental. Chegou a sonhar em deixar tudo para trás e partir para África, para ajudar a salvar animais em vias de extinção, uma ideia que hoje lhe parece ingénua, mas que revela o seu lado sonhador.
Durante dez anos, foi voluntária no Jardim Zoológico de Lisboa, onde observava e registava o comportamento dos animais, especialmente das crias.
Tem um curso de mergulho, que lhe permitiu explorar os fundos marinhos do seu país.
Viajou por três continentes, guardando memórias deliciosas de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco, mas foi a África Oriental que a conquistou definitivamente, especialmente o Quénia e a Tanzânia, onde viveu a experiência inesquecível de estar em contacto com animais selvagens no seu habitat natural.
Foi madrinha de vários lobos no Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, começando pela Aurora e pelo Nemrode, o casal alfa da altura. Gosta de equitação e teve uma égua, a Naf-naf, na Quinta da Marinha, no Guincho, um dos seus lugares favoritos de sempre.
Marcou na pele a sua paixão pelos animais: das catorze tatuagens que tem, apenas duas não são dedicadas aos bichos.
Em Alter Pedroso, há cerca de dez anos, abraçou com alma e coração o projeto Chocoholic, ao lado da horta e do jardim. Foram anos gratificantes, que a prepararam para esta nova etapa da sua vida.
Gosta de pintar, ler, fotografar, adora cinema e perde-se em pesquisas sobre tudo e sobre nada. Tornou-se uma pessoa curiosa, sempre com fome de saber mais. E, claro, adoça corações com as suas guloseimas.
Todas estas paixões a definem, mas há uma que se destaca acima de todas:
o amor pelos animais. É isso que ela é. É isso que, definitivamente, a define!

Madalena Gonçalves
Madalena Gonçalves